A Propiciação
Leitura Bíblica
Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados (I João 4:10).
Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados (I João 4:10).
E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos (1 João 2:1-3).
Propiciação – segundo alguns teólogos, apalavra vem do grego hilasmos, mas na verdade, o que nos interessa é sua importância para a nossa Fé. Trocando em miúdos, significa: Um ato de substituição de algo ritual por definitivo sacrifício do Cordeiro de Deus, que deixa para trás o abate de cordeiros para o perdão do homem. Sim, esta relacionado ao propiciatório citado no Velho Testamento, em Levítico 16-14.
Muitas vezes ouvimos palavras diferentes das usadas em nosso convívio e nos perguntamos o que de fato significam, Algumas inclusive ouvimos nos altares das Igrejas, alguns pastores parecem que engoliram um Dicionário e acabam utilizando palavras e seus sinônimos, mas algumas vezes as pessoas que assistem o culto não as entendem. Só que emmeio a estas palavras todas, usam algumas que nós devemos sim entender bem, pois fazem parte de nossa Fé.
Paulo nos ensina algo maravilhoso quando diz: Examinai tudo, retei o que é bom (I Tessalonicenses 5-21). Assim, vamos estudar a Palavra Propiciação. Na verdade esta palavra descreve um aspecto importante e fundamental da salvação. Esta palavra mostra o que o pecado é na visão de Deus.
Deus é justiça – embora também seja amor – não adianta nós acreditarmos na Salvação para a Vida Eterna, se não crermos no castigo também eterno. A propiciação é a única forma de tirar de nós os nossos pecados. Para que sejamos perdoados é necessário o derramamento de sangue inocente – cordeiro – mas Jesus tornou-se o nosso Cordeiro quando resolveu ficar entre nós e a ira de Deus contra nossos pecados. Sim, sendo Deus Santo, Ele não tem comunhão com o pecado e a única forma de sermos perdoados seria que um inocente morresse em nosso lugar. Jesus tomou nosso lugar. Veja: Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados (1 João 4:10) – o Amor e a Ira de Deus em um só lugar!
Deus nos amou e isto é fato, mas entre nós e Ele havia algo construído – na verdade destruído – pelo homem, uma barreira chamada pecado que gerou a morte,(Romanos 6-23), com o advento do Messias e sua morte e ressurreição fomos novamente ligados a Deus, mas devemos observar bem esta Palavra: Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus (João 3:36). As pessoas que não aceitam ao Senhor Jesus e não creem no Plano de Deus para a Salvação do Homem, costumam afirmar que não admitem crer numa Divindade que se ira, mas eles dizem isto simplesmente por não conhecerem de fato a natureza deste sentimento. A ira de Deus não é como os caprichos dos deuses da mitologia, que se vingavam nos humanos até por inveja de sua beleza ou força, ela esta relacionada com a própria natureza Dele, já que Ele é justo, Fiel e Santo e por isso não aceita a injustiça, até porque o homem colhe o que planta e esta é uma prova da Sabedoria de Deus. Na verdade Ele em por amor nos permite semear o que desejamos, mas por justiça nos faz colher o que plantamos, o cuidado em todo o tempo deve ser nosso em escolher quais sementes lançaremos ao solo durante nossa caminhada.
Quando pensamos neste sacrifício do Senhor Jesus, temos a nítida certeza de que ali na cruz, quando se entregou por nós Ele se fez Sacerdote e Sacrifício, tornando sua atitude perfeita e nos restaurando a condição de filhos e herdeiros de Deus. Fomos justificados por Jesus e isto sim é algo tremendo, afinal Ele sendo justo, colocou-se em nosso lugar. Sim, por amor, tornou-se nosso advogado,mas colocou-se como réu em nosso lugar, tomando para Si a nossa condenação e nos trazendo de volta a Deus.
Aleluias!
Na verdade, falar sobre esta palavra deve restaurar em nós a certeza de que Jesus se fez nosso Cordeiro e, assim olharmos para a Mesa do Senhor com mais seriedade, respeitando o Pão e o Vinho como a Carne e Sangue do Senhor e cientes de que Ele se tornou digno de morte por nossa culpa. Sim, devemos reconhecer nossa condição como pecadores e batermos no peito e dizermos: Por minha culpa, por minha exclusiva culpa – como diria o Pastor Sérgio.
Infelizmente, nós os cristãos esquecemos de quem é a culpa do sacrifício de Jesus e culpamos aos outros, como se nós não fôssemos pecadores.
Muitos de nós ao ouvirmos uma mensagem desta – ou mesmo lermos – deixamos de aproveitá-la para analisarmos a nossa situação diante de Deus e procurarmos restaurar nossa visão sobre nosso modo de ver a nossa Salvação e nossa Fé e, principalmente assumirmos a nossa culpa sobre a morte de Jesus.
Para que nossa comunhão seja perfeita, é necessário que voltemos nossos olhos para nossa culpa e assumamos o nosso papel como culpados, como réus, mesmo que já perdoados. Só quando vemos assim, entendemos o verdadeiro significado da cruz.
A propiciação é a mensagem que mais deveria ser lida na Ceia – mesmo que ela apareça tão pouco – mas se não é, somos também culpados, porque nos travestimos de Super Santos e, deixamos de lado nossa condição de pecadores, muitas das vezes lançando sobre os outros a culpa que cabe a nós.
Que esta mensagem abra os nossos olhos.
Quanto a mim: Mea Culpa, Mea Maxima Culpa!
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