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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Negando-se a si mesmo [Pr Sérgio Carlos da Silveira]

Negando-se a si mesmo
Pr Sérgio Carlos da Silveira


II Coríntios 4
7 Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não da nossa parte.
8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados;
9 perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
10 trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossos corpos;
11 pois nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal.
12 De modo que em nós opera a morte, mas em vós a vida.
Se observarmos bem a mensagem de II Coríntios 4, vemos que Paulo esta falando sobre como devem proceder os fiéis, aqueles que querem levar adiante a Palavra de Deus com o objetivo claro de alcançar vidas.

No versículo 7, Paulo fala que devemos ser vasos de barro, com a única finalidade de guardar um tesouro. Ele quer dizer que uma vez que somos vasos de barro, sem chamativo algum, o que importa é o que tem dentro de nós, o que guardamos. E o que será que guardamos? Qual o tesouro escondido em nós? Resposta fácil esta: A Palavra, a mensagem de Boas Novas.
O Apóstolo nos ensina que como mensageiros seremos atribulados, surpreendido, perseguidos, abatido e que teremos sempre em nós a marca da morte. Mas ele diz que mesmo quando formos atribulados não devemos nos angustiar. E esta advertência é forte, pois no geral, quando as tribulações aparecem, o mais natural é deixarmos que a angústia se aposse de nós e abale todas as nossas estruturas.
Quando ele afirma que seremos surpreendidos, e na vida somos mesmo pego de surpresa, de todas as formas, adverte também que não devemos nos desesperar. Só que o normal na vida, quando somos traídos, quando uma pessoa nos decepciona, é nos afligirmos a ponto de o desespero tomar conta de nossos pensamentos e abala a nossa fé nas pessoas.
Continuando ele afirma que seremos perseguidos, mas ele diz que não seremos desamparados e isto que dizer que quem não nos desampará é o Senhor. Com uma garantia destas, para que nos abalarmos? Sabemos a quem clamar quando as perseguições surgirem.
Paulo ainda afirma que com o correr dos acontecimentos negativos, nos sentiremos abatidos. Vamos concordar que isto é normal. O sofrimento oprime mesmo as pessoas e são poucas as que sabem transformar em benção as desilusões da vida. No entanto Paulo afirma que mesmo quando nos sentirmos abatidos, nós não seremos destruídos!
Aleluia!
Talvez a parte mais importante e que poucos observam aparece no próximo versículo: trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossos corpos (;) (II Coríntios 4-1). O que é ''trazer em si o morrer de Jesus''? É o abrir mão de sua vida para que outros tenham vida. É a velha pergunta, quase sempre sem resposta: ''Você estaria disposto a morrer para que alguém vivesse''?
Talvez seja importante salientar que não estamos falando de morrer por alguém que é bom para você, pela pessoa amada, por um conhecido, por um vizinho. Não! ''Trazer em si o morrer de Jesus'' é abrir mão de sua vida – até através da morte – para que os que não parecem merecedores recebam a Paz, conheçam o Amor e tenham um encontro com o Senhor Jesus, aceitando-o como Salvador de suas almas e sejam perdoados de seus pecados.
Abrir mão de seus sonhos para que outra pessoa tenha uma vida nova e que ele venha sonhar no lugar do que evangeliza, é algo difícil até de se imaginar, mas foi o que o Senhor Jesus fez.
Jesus abriu mão de sua Glória, de ser visto como Filho de Deus pelos anjos no Céu, de estar assentado junto ao Trono de Seu Pai, de viver rodeado de toda honra, majestade e riquezas que nossos olhos jamais viram, para descer a este mundo, numa pequena vila de Israel, para assumir o papel de um sofredor, que viveria uma vida limitada, que viveria em função de vidas que não mereciam um segundo olhar. Mas Jesus não se importou com o que estava perdendo. Importou-se com as vidas para as quais viveria e morreria, para que elas tivessem Vida Eterna e Paz.
Jesus aceitou viver para morrer por pecadores.
Jesus aceitou viver para morrer por Meus pecados.
E eu?
Se você observar bem, mesmo que Jesus tivesse nascido em um Palácio, como descendente direto de Davi ou qualquer outra casa real do mundo, mesmo assim, todas estas riquezas seriam nulas frente as que Ele deixou no Céu.
Nascer rico ou pobre realmente não interessa quando se quer viver pelo próximo. Quando se quer morrer pelo próximo. E Jesus aceitou viver pelo próximo. Ele morreu por mim. Ele morreu por você.
E o que faremos nós? Vamos permitir que as lutas destruam nossa fé, nos retire do propósito para o qual fomos chamados? Ou como vasos de barro, aceitaremos trazer em nós o Tesouro que libertará o mundo?
Morrer para que outro vivam deve ser um lema de todo verdadeiro cristão. Mas, a escolha é nossa!


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