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terça-feira, 25 de agosto de 2015

Auxiliar o próximo não é tomar para si a responsabilidade do outro

       
     A Bíblia ensina que devemos ajudar ao Próximo, estender a mão ao necessitado, levar as cargas uns dos outros.  Isso tudo é orientação para uma Caminhada feliz e abençoada. MAS existe diferença em estender a mão para auxiliar e tomar para si a responsabilidade do outro. Muitas vezes estamos pensando que com nossas atitudes estamos ajudando o próximo e agradando ao Senhor, mas na verdade estamos apenas nos sobrecarregando de algo que não é para nós fazermos.
             Quando tomamos para nós a responsabilidade do outro, deixamos de exigir dele que cresça, que aprenda algo com suas escolhas e interrompendo o seu crescimento humano e espiritual, nõa estamos auxiliando-o, estamos tirando a oportunidade única que ele tem de descobrir suas próprias limitações e seu potencial.

             Conhece a História do homem que queria ajudar Deus? É uma ilustração de Joanna Weaver, para o Livro “Como Ter Um Coração De Maria No Mundo De Marta”, o Homem e  a Carroça com as 3 Pedras. Leia:


Conta-se a história de um homem que um dia encontrou Deus num vale.
- Como você está nesta manhã? – perguntou Deus.
- Estou bem, obrigado – respondeu o homem. – Posso fazer alguma coisa pelo Senhor hoje?
- Sim – disse Deus – tenho uma carroça com três pedras e preciso que alguém leve até a colina para mim. Você está disposto?
- Sim, gostaria muito de fazer algo pelo Senhor. As pedras não parecem pesadas e a carroça está em boas condições. Ficaria feliz em fazê-lo. Onde o Senhor gostaria que eu a deixasse?
Deus deu ao homem instruções específicas, desenhando um mapa no chão, à beira da estrada.
- Passe pelo bosque e suba pela estrada que termina no alto da colina. Quando chegar ao cume, deixe lá a carroça. Obrigado por sua boa vontade em me ajudar.
- Tudo bem! – o homem respondeu e começou sua caminhada animado.
A carroça se arrastava devagar, mas a carga era leve. Ele começou a assobiar enquanto caminhava rapidamente pela floresta. Que alegria ser capaz de ajudar o Senhor, pensou ele admirando o lindo dia. Perto da terceira curva, entrou numa pequena vila. As pessoas sorriam e o cumprimentavam. Então, na última casa, um homem o parou e lhe perguntou:
- Como você está nesta manhã? Que linda carroça você tem aí. Aonde você vai?
- Bem, hoje de manhã Deus me deu um trabalho. Vou deixar essas três pedras no topo da colina.
- Que maravilha! Você acredita? Pela manhã estive orando porque não sabia como levar essa rocha até o cume da montanha – disse o homem com grande entusiasmo. – Você poderia levá-la para mim até lá? Seria como uma resposta à minha oração.
O homem com a carroça sorriu e respondeu:
- Claro! Coloque-a atrás das três pedras.
Então, partiu o homem com três pedras e uma rocha dentro da carroça que parecia um pouco mais pesada. Ele podia sentir o solavanco de cada batida e a carroça já puxava para o lado. O homem parou para ajeitar a carga enquanto cantava um hino de louvor, satisfeito por ajudar um irmão e também a Deus. Depois, partiu novamente e logo chegou a um outro vilarejo. Um grande amigo vivia lá e lhe ofereceu um refresco.
- Você está indo para o topo da colina?
- Sim! Estou muito entusiasmado. Imagine, Deus me deu algo a fazer!!
- Ei! Preciso levar uma mala de seixos para lá. Estava preocupado pois não arranjava tempo para levá-la eu mesmo. Mas você poderia encaixá-la entre as três pedras, aqui no meio. – Deste modo, colocou sua carga na carroça.
- Isso não deve ser problema – disse o homem. Acho que consigo levar. Terminou de beber o refresco, levantou-se e com um aceno começou a puxar a carroça de volta para a estrada.
Definitivamente, a carroça pesava em seus braços agora, mas não chegava a ser desconfortável. No início da subida começou a sentir o peso. Apesar disso, sentia-se bem por estar ajudando um amigo. Certamente Deus ficaria orgulhoso de sua energia e disposição para ajudar.
A uma pequena parada seguiu-se outra e a carroça começou a ficar cada vez mais pesada. O sol estava quente e seus ombros doíam por causa do esforço. Logo as canções de gratidão deixaram seus lábios e o ressentimento começou a crescer em seu interior. Não foi isso que ele aceitou pela manhã. Deus havia lhe dado uma carga mais pesada do que ele era capaz de suportar.
A carroça parecia enorme e desajeitada enquanto se movia com dificuldades. Frustrado, o homem começou a pensar em desistir e em deixar a carroça rolar ladeira abaixo. Deus estava fazendo um jogo cruel com ele. A carroça cambaleou e a carga se chocou com a parte de trás de suas pernas, machucando o homem.
- Já chega! Deus não pode esperar que eu puxe tudo isso até o alto da montanha. Ó, Deus. Isso é muito duro para mim! Pensei que estivesses me ajudando nessa viagem, mas estou oprimido por uma carga muito pesada. O Senhor tem que arrumar mais alguém para levá-la. Não sou forte o bastante.
Quando orou, Deus apareceu ao seu lado.
- Parece que você está em dificuldades. Qual é o problema?
- Tu me deste um fardo pesado demais. Isso não é para mim!
Deus caminhou até a carroça, apoiada em uma pedra.
- O que é isso? – e levantou a mala de seixos.
- Isso pertence ao John, meu grande amigo. Ele não tinha tempo para trazê-la sozinho. Pensei que poderia ajudar. - E isto?
Deus continuou a esvaziar a carroça, retirando tanto itens leves como pesados. Caíram no chão e a poeira levantou. O homem que esperava ajudar a Deus ficou em silêncio.
- Se você permitir que os outros levem as suas próprias cargas, eu o ajudarei com sua tarefa.
- Mas eu prometi que ajudaria! Não posso deixar essas coisas abandonadas aqui.
- Deixe que os outros carreguem seus próprios pertences – disse Deus mansamente. – Sei que você estava tentando ajudar, mas enquanto você estiver sobrecarregado com todos esses cuidados, não conseguirá fazer o que lhe pedi.
O homem logo se pôs de pé, percebendo subitamente a liberdade oferecida por Deus.
- Quer dizer que só preciso levar as três pedras?
- Foi o que lhe pedi. – Deus sorriu – Meu jugo é suave e meu fardo é leve. Nunca vou lhe pedir para carregar mais do que você consegue suportar.
- Eu consigo fazer isso! Disse o homem sorrindo. Agarrou o cabo da carroça e recomeçou sua jornada. Um novo canto lhe encheu os lábios, com grande alegria chegou ao topo da colina. Foi um dia maravilhoso, pois ele havia feito o que o Senhor lhe pediu.
          Se observarmos com cuidado, percebemos que o pobre homem tinha boas intenções, ajudar ao próximo, enquanto fazia o seu próprio trabalho, mas seu modo de ajuda tirava a responsabilidade dos ombros de seus amigos e só ele acabava cansado. E pior, quando foi reclamar, reclamou do trabalho que o Senhor lhe dera, sem ao menos perceber que fora ele mesmo quem, tentando ajudar aos outros, acabara por ter muito mais carga em sua carroça.
         É nosso dever ajudar ao próximo, mas é nosso direito estar bem ao fazer isso. E só estamos bem quando não temos cargas superiores às nossas forças, sobre nossos ombros.

        Pense nisso e viva bem.


Fonte: Livro “Como Ter Um Coração De Maria No Mundo De Marta” Joanna Weaver

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