Translate / Traduza

sábado, 26 de novembro de 2011

Livres para Julgar

Julgar e ser Julgados

Irmã Beth
As pessoas costumam ficar perdidas com certos assuntos bíblicos e acabam criando doutrinas próprias por entender apenas superficialmente certos temas.
Isto se dá porque hoje maioria das pessoas não se interessam de fato pela Leitura de modo geral, assim, quando pegam a Bíblia, tem as limitações humanas.
Claro que quem nos ajuda na nossa Leitura Bíblica é o Espírito Santo, mas ter um conhecimento humano também é preciso. As pessoas não perceberam que se lerem mais, não vão precisar de teorias teológicas desgastantes para interpretar a Palavra. Até por que a Palavra de Deus interpreta a si mesma e não deve ser interpretada por nossas visões pessoais como adverte a Carta de Pedro Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação (II Pedro 1:20).
Assim sendo, vamos falar sobre Julgar ou criticar aplicando pena, como diriam alguns – mas à Luz da Palavra:
Mateus 7-1 Não julgueis, para que não sejais julgados.
Citado por muitos para condenar quem critica algo ou alguém, e, principalmente quando se trata de crítica contra práticas religiosas e doutrinas, já em si é um julgamento, quem pode condenar minha opinião? Uma vez que alguém não concorda com o que falo e usa este versículo para me condenar, esta pessoa é que está me julgando. Na verdade usar este versículo de forma isolada é na verdade ser hipócrita.
A crítica que o Senhor condena é na verdade a destrutiva, quando nada acrescenta a não ser o mal estar de quem é criticado, condenado por suas falhas, não se lembrando o que de bom o outro fez.
Quando julgamos alguém observando o bem e o mal de suas atitudes, estamos sendo retos, leia: Fazer justiça e julgar com retidão é mais aceitável ao Senhor do que oferecer-lhe sacrifício (Provérbios 21-3).

Fugindo da Hipocrisia

O erro não está em julgar o próximo e sim fazê-lo de forma acusatória, como aconteceu com Arão e Míriam, esta analisou os fatos com seu olhar de ciúmes e determinou em seu coração que Moisés estava errado. Não contente com seu erro ainda enlaçou Arão para seu lado, ambos estavam julgando a postura espiritual de Moisés, por uma atitude pessoal tomada no deserto. Não interessa com quem Moisés casou no deserto, interessa a comunhão que ele tem com Deus. Míriam e Arão ao julgarem Moisés não foram retos, simplesmente porque poderiam evitar tudo isto simplesmente lembrando-se que ele viveu sobre costumes diferentes do seu povo hebreu. Este era o mal de ter duas nacionalidades. Observe bem o motivo da acusação de Míriam e Arão: E falaram Míriam e Arão contra Moisés, por causa da mulher cusita, com quem casara; porquanto tinha casado com uma mulher cusita (Números 12:1). Poderia ter sido levado apenas como uma rusga entre cunhadas, mas se tornou um assunto ministerial e trouxe tristezas a todos com o resultado.
Outro exemplo sobre condenação negativa é a registrada em Mateus 18-23 a 35), um homem, servo do rei que perdoado de uma grande dívida, negou-se a perdoar seu próprio servo, de uma dívida menor, condenando não só este como os seus na prisão. Isto é negativo.

O Erro dos outros
Leia: Naquele tempo, Jesus contou uma parábola aos discípulos: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho?
Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.
( Lucas 6: 39-42)
Se você ouvisse esta parábola da boca de outra pessoa e não de Jesus, iria cair na risada, porque é engraçado. Imagine a cena, é muito engraçada. Como pode alguém com algo imenso no olho tirar algo pequeno do olho de alguém?
Este é mais um exemplo de Julgamento ou crítica hipócrita. Esqueça os problemas dos outros, com certeza são bem menores que os seus.
E o que é examinar os frutos?
Na verdade Jesus não condena que avaliemos as outras pessoas. Discernir entre certo e errado é o que te faz uma pessoa justa e melhor. Podemos sim discernir as pessoas que praticam a justiça e os que trilham o caminho do erro.
Até para levar a Palavra devemos observar mesmo, às vezes estamos tentando semear em chão cimentado, algumas pessoas estão afastadas de Deus por sua própria escolha e ficarmos insistindo neles, deixando para trás corações sedentos da Água da Vida: Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem (Mateus 7:6)
Quanto a profetas e doutrinas, eis o que a Bíblia fala: Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? (Mateus 7:16), ora como vou saber se um fruto é bom se não observar bem?

E quando encontramos erros entre os de nossa fé, que seja julgado pelos de nossa Casa, veja: Para vos envergonhar o digo. Será que não há entre vós sequer um sábio, que possa julgar entre seus irmãos? (I Coríntios 6:5). E para que julguemos algo deve-se examinar bem nas mínimas coisas, pois como disse Paulo se julgaremos os anjos, porque deixamos as coisas desta vida (I Coríntios 6-3).
Para o bom andamento é necessário sim o Julgamento
Como resolver os problemas sem ir até a raiz dele? Sem conhecer o que motivou certas atitudes como impedir que certos erros se repitam?
Se não observarmos os detalhes julgamos por aparência e não em retidão: Não julgueis pela aparência mas julgai segundo o reto juízo (João 7-24) e assim fazendo não de fato justiça, pelo contrário estaremos sendo injustos.
Quando vemos certos movimentos que achamos estranhos devemos sim observar, Paulo disse que devemos examinar tudo e só guardar o que é bom (I Tessalonicenses 5 -21), mas também devemos sim examinar as coisas espirituais, não somos ovelhas sem Pastor, ele nos deixou esta recomendação através dos apóstolos: Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo (I João 4-1).
Conclusão
Concluindo, podemos entender que se de fato julgar algo ou alguém fosse errado, o Próprio Senhor Deus não teria ouvido a oração de Salomão Dá, pois, a teu servo um coração entendido para julgar o teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque, quem poderia julgar a este teu tão grande povo? (I Reis 3-9) e lhe dado mais que Sabedoria para julgar, fez dele o homem mais sábio do mundo, deu-lhe também riquezas e glórias (1 Reis 3:11). Assim sendo, tomemos sim cuidado com nossas ações, principalmente o julgar, mas se necessário, fazê-lo, com retidão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Graça e Paz.
Deixe seu recado. Deus te abençoe.
PS:
De acordo com a Justiça o autor do blog não está livre de uma eventual responsabilidade civil ou mesmo criminal por causa de comentários deixados por leitores. Portanto faremos o controle dos comentários aqui expostos.

Além disso a Constituição Federal garante a livre manifestação do pensamento, mas veda expressamente o anonimato (art.5º, IV), por isso comentários anônimos não serão mais permitidos!
Sem contar que comentários que difamem o autor, o Blog ou o personagem descrito na matéria serão proíbidos!

Gratos pelo cometário

Siga-nos no Twiiter