Tomé – o melhor tipo de crente para viver
nossa atualidade
Tomé, vendo com as mãos |
Durante anos, e por não dizer séculos, a Igreja de Cristo, através de diversos sermões, apedrejaram este apóstolo. Para muitos ele é o exemplo mais negativo, depois de Judas, o traidor. Jesus amava seus discípulos e escolheu para apóstolos homens de caráter firme, embora duvidosos, tanto que disse uma vez a Pedro, que depois de converso ele salvaria seus irmãos, Judas o traiu e João – apóstolo amado - e seu irmão enviaram sua mãe como mensageira para garantirem um lugar de destaque no Reino de Deus. Isto sem falar que depois da morte de Jesus, todos eles se esconderam. O que é completamente compreensível dado as circunstâncias e os aspectos históricos.
Falando de Tomé
Quanto a este apóstolo, Tomé, fica uma pergunta: Ele estava errado?
Analisamos a situação com olhos críticos:
• Cristo estava morto e ele sabia onde estava enterrado. Todos tinham visto a crucificação e visto o sofrimento do Mestre.
• Cristo estava guardado por soldados romanos. Como poderia ter saído do túmulo sem ser notado por estes?
• A dor tinha apagado a promessa da ressurreição, que parecia algo irreal, mesmo para quem vira acontecer com Lázaro. E a interpretação da promessa era algo quase poético dado a figura de linguagem usada. Cristo dissera que o templo seria derrubado e depois de 3 dias reerguido.
• Ele não estava presente, logo nada podia provar a ele que não fora apenas uma alucinação geral dado a saudade e dor de todos.
• A primeira pessoa a vê-lo fora uma mulher e ainda por cima uma muito ligada a Cristo pela gratidão da benção recebida quando da sua conversão. Salientando que era uma sociedade machista.
Era o entardecer da esperança, cada um dos discípulos e apóstolos viam a fé diminuída, os corações frios. |
Exemplos deixados por Tomé
Uma atitude de Coragem
Se observarmos bem, ele foi corajoso. Simplesmente expôs sua opinião no momento que soube do acontecido.
Para ele era inacreditável e ele o disse. Era uma atitude corajosa esta. Ele poderia fazer como na lenda do rei nu, simplesmente fingir crédito para não parecer incrédulo aos olhos dos outros.
- Ser fiel a sua opinião
- Conhecimento de si mesmo.
Para crescermos como seres humanos e como cristãos, devemos conhecer nossas fraquezas e limitações. Quando disse que se não puser as suas mãos nas feridas do Mestre, de modo algum acreditaria, Tomé deixa claro o conhecimento de si mesmo. Ele era uma pessoa sinestésica, ou seja, sua percepção do mundo era tática. Não conseguia perceber o mundo pela audição apenas, precisava de mais um sentido, o tato.
Conhecermos a nós mesmo é o que faz com que enfrentemos as dificuldades de forma mais consciente e corajosa. As provações que nos sobrevêm são baseadas neste princípio, para o conhecimento e crescimento pessoal (Romanos 5. 3 e 4).
- Lutar pelo direito de pensar diferente
Tomé deixa outro exemplo maravilhoso aqui. Para ele, seu direito deveria ser respeitado. Ele não se importou com a opinião alheia. O que importava era o que ele via. Ninguém podia tirar dele seu direito.
A opinião de Cristo
Se analisarmos bem, veremos que Cristo não se importou com a sua dúvida. Ele simplesmente disse a Tomé que seria bendito quem não vir e crer. Não amaldiçoou ao apóstolo, como fazem muitos pregadores em seus longos sermões.
No livro de Lucas (24;29), Jesus deixa claro que os discípulos ali presente poderiam tocar em suas cicatrizes e vai mais além, dando prova de sua presença física (43) ao comer peixe assado. Em algumas traduções ainda comeu de um favo de mel.
Na Prática
De tudo o que aprendemos com Tomé o mais importante sem dúvida é: analisarmos os fatos para termos certeza de que algo provém de Deus.
Jesus, no Sermão da Montanha ( Mateus 24,11) afirmou que se levantaria muitos falsos profetas e enganariam a muitos – menos os crentes como Tomé.
Nem todos que dizem “Senhor, Senhor” adentrarão ao Seu Santo Reino, já nos advertiu Jesus. E também disse que muitos que fazem muitos milagres em seu nome, não são ao menos seus conhecidos.
Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.(Mateus 7:22-23).
Jesus não despreza o fraco, desde que este creia na sua Palavra e não negue seu nome. (...) Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome (Apocalipse 3-8).
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Pastor Sérgio Silveira
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