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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Viver como irmãos

O quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união, disse o Salmista. Mas como é difícil isto. Pior. Como é difícil  para o homem irmanar-se com o próximo. Alguém disse que "O homem aprendeu a voar como os pássaros e a nadar como os peixes, mas ainda não aprendeu a conviver como  irmãos" e quem o disse estava certo. Tanto é certo que Jesus transformou em Mandamento: "Amar ao próximo como a si mesmo". Se fosse fácil, natural e óbvio, Jesus teria dito qualquer outra coisa. Mas não. Conhecedor da Natureza humana, Jesus  pediu algo que era difícil ao ser humano. E por que Ele condicionou este amar ao próximo com o  amar a si mesmo? Também o fez por reconhecer no homem o alto índice de amor próprio, egoísmo. O Homem centra em si mesmo seus interesses e quando Jesus nos ensinou a "Amar o próximo como a nós mesmos" ele estava nos incentivando a estender o eixo de centralidade de nosso interesse para que coubesse nele o outro. E como é difícil fazer isso!
Sim, devemos aceitar que fazer algo pelo outro é difícil e por isto Jesus nos deu este ensino por MANDAMENTO. Deve-se lembrar que o próximo não é só o amigo. É também o que nos despreza e nos fere com suas atitudes e palavras. Se entendemos que dentro do eixo próximo está quem nos desagrada, acabamos por entender porque os mártires da Igreja morreram enquanto levavam a Palavra aos que os destruiria.
Quando falo nisto, lembro-me de um dos fundadores da Igreja no México. Um jovem desregrado que conheceu a Jesus e mudou de atitude. Desprezado por sua fé pela maioria, foi arrancado do culto, na frente da esposa e filhos e levado à morte. Mas no caminho ele seguiu falando de Jesus aos homens que o aprisionara. Durante todo o trajeto ele fala com eles e estes percebem que um deles está  dando ouvidos à esta Palavra, assim decidem que será este que o matará. Momentos antes de ser executado, o pastor da a Bíblia ao seu algoz. E ele realmente o mata. Mas com o passar do tempo se volta a Cristo e é ele quem conta ao mundo os momentos finais da vida do pregador. Morreu amando a alma daquele que lhe tiraria a vida, no melhor estilo paulino: Para mim o morrer é ganho. Sim, o que molhou a semente da Palavra na vida daquele assassino foi o sangue do pastor que ele executou. E isso é amor ao próximo.
Ao vivermos como irmãos, irmanamos em um só pensamento aquele que nos faz bem e aquele que quer o nosso mal, sem nos importarmos com os resultados, mas no focando no investimento que fazemos para que isso venha ser verdade em nós.

Filme: Não há maior Amor

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