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sábado, 23 de junho de 2012

Curando Feridas


Jesus veio ao mundo para salvar - Parte II - Curando Feridas

Antes de Evangelizar, curar feridas!
Estáveis naquele tempo sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos aos pactos da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo.
Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto - Efésios 2 13,14.


Nosso centro de fé tem que ser de fato Jesus. Nosso assunto deve ser o Céu, mas não podemos fechar nossos olhos para as separações, conforme elas se apresentam. Até porque se não curarmos as feridas de nossos irmãos estamos indo contra o princípio de amor ensinado pelo Mestre, de que devemos amar nosso próximo, tanto quanto nos amamos.


Muitas das inimizades entre irmãos acontecem por situações que poderiam ser resolvidas simplesmente por um bom diálogo. Até porque são as más impressões que as causam.
Devemos agir com sabedoria e observarmos com cuidado quais de nossas atitudes ferem nosso próximo e nossos irmãos, afinal fazemos parte de um só Corpo e é responsabilidade nossa mantê-lo saudável. E faz parte desta responsabilidade tomarmos cuidado com atitudes mesquinhas, pequenas, que muitas vezes acreditamos passar desapercebidas, mas que ferem os que nos rodeiam.
Não adianta investirmos em campanhas exaustivas de Evangelização, se não sabemos curar as 'ovelhas' do Senhor quando elas caem doentes ou machucadas.
Jesus espera que cuidemos uns dos outros. E se cuidar do bem estar do outro não fosse importante, o própria apóstolo Paulo teria escrito muito menos cartas do que as 13 que temos conhecimento e outras que nem chegaram até nós. Paulo se preocupava com o bem estar de seus irmãos, cuidou da saúde de Timóteo com conselhos, da aceitação de um simples escravo quando ele voltou a casa de seu senhor, ainda solicitando deste que colocasse em sua 'conta' todo o mal que o outro fizera antes.
Quando não curamos as feridas de nosso próximo, estamos indo contra a advertência do escritor aos Hebreus: Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem (Hebreus 12:15). Sim, estamos privando o outro de viver debaixo da Graça de Deus. Se permitimos que as feridas de nossos irmãos se perpetuem, estamos contaminado-o de forma definitiva até.
Infelizmente vivemos uma época em que não se preza o próximo, mesmo que dentro das Igrejas, assim, muitos são tachados de 'crentes sensíveis' só por sentirem-se incomodados quando de fato são feridos.
O nosso papel como irmãos é ajudar, estender a mão e dar apoio a este, mesmo que alguém acredite na inferioridade deste, ou que ele seja definido como fraco ou sensível, afinal, todos fazemos parte de um só Corpo, que não pode adoecer por nossas falhas. Leia: Pelo contrário, os membros do corpo que parecem mais fracos são indispensáveis (1 Coríntios 12:22), no Corpo de Cristo, todos somos indispensáveis e por isto mesmo devemos cuidar uns dos outros.
Esta mania se desprezar uns aos outros tornou-se popular com o advento de doutrinas antibíblicas que tiram a importância do indivíduo, transformando a Igreja em um quartel general de seres insensíveis, pois se presto muita atenção às necessidades de meu irmão, contribuo menos com a construção de Templos faraônicos e deixo de participar das campanhas de enriquecimento comuns a determinadas denominações.
Devemos em todo o tempo ajudar uns aos outros em todas as suas necessidades, sejam elas quais forem. E por que agir assim? A Palavra nos adverte é para que o Corpo esteja bem: a fim de que não haja divisão no corpo, mas, sim, que todos os membros tenham igual cuidado uns pelos outros. Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele (1 Coríntios 12:25-26). E também para que não haja divisão no Corpo. Se a Igreja de desmembra, a culpa é toda nossa, pois não estamos nos importando uns com os outros e a beira do caminho vão ficando os feridos.
Devemos viver em união, em amor, pois este é o princípio de nossa Fé. Além do mais, devemos observar esta mensagem mais adiante. Veja: Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele (1 Coríntios 12:26). Assim, se alguém sofre e fica triste, tendendo a se afastar, não quer dizer que ele seja sensível em excesso, isto quer na verdade dizer que nós é que somos insensíveis e, isto testemunha contra nós.
Se uma Igreja trata bem seus membros, dignificando-os, o mundo percebe este feito e se aproxima, por interesse de observar ou de ter o que temos entre nós. Ai fica mais fácil evangelizar estes que se achegam para nos conhecer. O campo é vasto sim, mas devemos antes de ganhar almas de fora, restaurar as de dentro e isto faz parte de salvar, de levar salvação as outras pessoas.
E há algo a se considerar quando falamos de curar feridas. Na verdade esta é uma tarefa árdua e difícil, pois algumas só se tornam visíveis quando já estão em estado avançado de putrefação. Assim, curá-las se torna um processo árduo e doloroso, mas recompensador, pois reabilitar alguém, é alcançá-lo de volta para Cristo.
Devemos nos lembrar que uma pessoa com o coração ferido pode acabar doente do corpo. E isto não é lenda e nem conselhos vazios do sábio (Provérbios 17-22), é comprovado pela Medicina já. Assim, quando cuidamos de um irmão aflito, além de o ganharmos de volta para Deus, estamos evitando que ele fique de fato doente.
Em todo o tempo temos que amar nossos irmãos e respeitá-lo em todo o tempo. E tomar sobre nós esta obrigação que o Senhor Jesus tinha por missão, quando afirmou: O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa-nova aos pobres, para sarar os contritos de coração ( Lucas 4-18). Que hoje possamos reconhecer que antes de Evangelizar os que ainda não foram alcançados, temos por dever, curar as tristezas dos corações daqueles, que por nosso intermédio acabaram doentes.
Pensem nisto.

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