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domingo, 24 de novembro de 2013

Somos úteis?



Senhor, somos úteis?

Elisabeth Alves do Nascimento
(Elisabeth Lorena Alves)
Muitas vezes estamos tão preocupados em sermos pregadores, cantores, missionários e ter outros dos muitos diversos títulos que cercam o Cristianismo, que deixamos de prestar atenção em detalhes importantes. Um deles é nossa UTILIDADE.  Paulo, o apóstolo, tornou-se um grande pregador e seu nome perpetuou-se pela História da religião e da Humanidade, ultrapassando limites inegáveis e insondáveis da história do Cristianismo, indo parar até em escritos de religiões que não usam Cristo e a Vida Eterna como foco.
Todos nós admiramos este soldado do Evangelho, este mártir que tombou pelo caminho, defendendo algo que acreditava e pelo qual mudou sua vida, abandonou seus dogmas e aceitou viver qual peregrino anunciando as Boas Novas.
Todos nós queremos ser como Paulo, o apóstolo, mas não percebemos a História de uma vida que viveu na sombra, mas que levantou-se no momento IDEAL para suprir uma necessidade que se fazia imediata: Orar pelo cidadão romano, que se convertera ao Senhor e que se encontrava cego. Discorremos sobre a vida do escritor das Epístolas Paulinas, sem notarmos que outro homem surgiu em sua vida e o colocou de pé, abrindo a oportunidade para que o jovem novo convertido fosse curado da cegueira que o assolou nos primórdios de sua Fé. Uma cegueira que o fez perceber que na verdade ele já não enxergava, uma vez perseguia a Cristo, pensando estar perseguindo os cristãos.
Foi uma visita que para muitos passa despercebida, que deu a abertura para que todo o Ministério Pessoal de Paulo deslanchasse  e ele se tornasse a figura importante que é para todos os povos que usam seus escritos como Regra de Fé. Seu nome é Ananias. E ele apesar de não entender o propósito de Deus, colocou-se disponível para SERVIR à um propósito grandioso que se manifestou na vida daquele que era considerado o Perseguidor.
Ananias não se opôs à Vontade de Deus, pelo contrário, pôs-se de pé e seguiu até a casa onde Paulo estava hospedado e ali o auxiliou em seus primeiros passos na Fé. A força do caráter deste homem é notada nos versículos que seguem seu chamado, sua decisão e sua entrega. E por ele aceitar enfrentar todos os seus próprios pensamentos, dúvidas e aceitação, foi que o Senhor o escolheu. Deus sabia que Ananias seria ÚTIL.
Conclusão
Ao pensarmos nos passos que Ananias enfrentou e que nem sempre percebemos: chamado, dúvida, decisão e entrega, conseguimos entender que para Deus não importa se cremos logo se há algo para ser feito pelas nossas mãos, pois o senhor respeita nosso tempo de observar a importância do chamado, encontrar a verdade desta missão e encarar os riscos que certamente se apresentarão no processo de feitura daquilo a que nos comprometemos a exercer, quando enfim entendemos que temos algo importante a realizar e que é uma responsabilidade pessoal.
Ananias, o discípulo quase anônimo exerceu algo sublime e superior, pois foi o responsável por libertar definitivamente o apóstolo Paulo das prisões da cegueira em que ele vivia mesmo antes de ter seus olhos cobertos pelas escamas que sentiu surgir em seus olhos no caminho de Damasco.
Ananias soube ser útil. E nós? Somos também úteis ao Senhor?

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