Senhor, somos úteis?
Elisabeth
Alves do Nascimento
(Elisabeth
Lorena Alves)
Muitas vezes estamos tão
preocupados em sermos pregadores, cantores, missionários e ter outros dos
muitos diversos títulos que cercam o Cristianismo, que deixamos de prestar
atenção em detalhes importantes. Um deles é nossa UTILIDADE. Paulo, o apóstolo, tornou-se um grande
pregador e seu nome perpetuou-se pela História da religião e da Humanidade,
ultrapassando limites inegáveis e insondáveis da história do Cristianismo, indo
parar até em escritos de religiões que não usam Cristo e a Vida Eterna como
foco.
Todos nós admiramos este
soldado do Evangelho, este mártir que tombou pelo caminho, defendendo algo que
acreditava e pelo qual mudou sua vida, abandonou seus dogmas e aceitou viver
qual peregrino anunciando as Boas Novas.
Todos nós queremos ser como
Paulo, o apóstolo, mas não percebemos a História de uma vida que viveu na
sombra, mas que levantou-se no momento IDEAL para suprir uma necessidade que se
fazia imediata: Orar pelo cidadão romano, que se convertera ao Senhor e que se
encontrava cego. Discorremos sobre a vida do escritor das Epístolas Paulinas,
sem notarmos que outro homem surgiu em sua vida e o colocou de pé, abrindo a
oportunidade para que o jovem novo convertido fosse curado da cegueira que o
assolou nos primórdios de sua Fé. Uma cegueira que o fez perceber que na
verdade ele já não enxergava, uma vez perseguia a Cristo, pensando estar
perseguindo os cristãos.
Foi uma visita que para
muitos passa despercebida, que deu a abertura para que todo o Ministério
Pessoal de Paulo deslanchasse e ele se
tornasse a figura importante que é para todos os povos que usam seus escritos
como Regra de Fé. Seu nome é Ananias. E ele apesar de não entender o propósito
de Deus, colocou-se disponível para SERVIR à um propósito grandioso que se
manifestou na vida daquele que era considerado o Perseguidor.
Ananias não se opôs à
Vontade de Deus, pelo contrário, pôs-se de pé e seguiu até a casa onde Paulo
estava hospedado e ali o auxiliou em seus primeiros passos na Fé. A força do
caráter deste homem é notada nos versículos que seguem seu chamado, sua decisão
e sua entrega. E por ele aceitar enfrentar todos os seus próprios pensamentos,
dúvidas e aceitação, foi que o Senhor o escolheu. Deus sabia que Ananias seria
ÚTIL.
Conclusão
Ao pensarmos nos passos que
Ananias enfrentou e que nem sempre percebemos: chamado, dúvida, decisão e
entrega, conseguimos entender que para Deus não importa se cremos logo se há
algo para ser feito pelas nossas mãos, pois o senhor respeita nosso tempo de
observar a importância do chamado, encontrar a verdade desta missão e encarar
os riscos que certamente se apresentarão no processo de feitura daquilo a que
nos comprometemos a exercer, quando enfim entendemos que temos algo importante
a realizar e que é uma responsabilidade pessoal.
Ananias, o discípulo quase
anônimo exerceu algo sublime e superior, pois foi o responsável por libertar
definitivamente o apóstolo Paulo das prisões da cegueira em que ele vivia mesmo
antes de ter seus olhos cobertos pelas escamas que sentiu surgir em seus olhos
no caminho de Damasco.
Ananias soube ser útil. E
nós? Somos também úteis ao Senhor?
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