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terça-feira, 19 de março de 2013

Não crie seu filho na Igreja!


Não crie seu filho na Igreja
Elisabeth Lorena Alves      

Estava aconselhando uma pessoa estes dias sobre criação de filhos e ela me questionou por qual motivo algumas famílias cristãs, que criam seus filhos na Igreja, passam a ter problemas no futuro com estes e, em alguns casos estas crianças aparentemente santinhas acabam envolvidas com a Polícia e do lado dos bandidos e não dos mocinhos.
A resposta é simples e clara: Por serem criados na Igreja e não em casa.
Tem pessoas que acreditam que levar à Igreja faz delas cidadãos honestos, responsáveis e bons. Estão errados.
Assim como estão errados o quem acredita que quem não cria seus filhos fora da Igreja estão preparando pessoas de má índole.
O que faz uma pessoa ser bom cidadão é ser educada a contento dentro de casa. É no lar que os jovens são moldados desde a infância, conhecem regras e sabem quais são os limites. No lar as crianças precisam conhecer os princípios morais de sua família e conhecer desde cedo a Lei que rege seu país. As pessoas acreditam que Deus estava falando que a criança deveria conhecer as normas de Deus, os princípios da Fé, quando Moisés ensinou que os pais deveria falar em todo o tempo, mas esquecem-se que naquela época as Leis de Deus regia o povo de Israel. Era uma relação Teocrática – quando Deus – Teo [Theos] – tem o controle Político  [krátos = Governo], o que aconteceu até quando os israelitas abriram mão disto, pedindo ao sacerdote Samuel que lhes ungisse um rei.
Então nas épocas que antecederam o Governo humano em Israel, as regras eram ditadas pelos sacerdotes, em nome de Deus, e antes deles, através dos líderes e juízes que antecederam o Primeiro Reinado. Mas não é a História de Israel que estamos estudando, queremos falar sobre FAMÍLIA e FILHOS.
Os pais precisam ensinar os filhos a conhecerem o mundo e as pessoas, para que possam fazer as escolhas certas e assim, evitar cair nas artimanhas dos perversos (Salmo 1). Quando bem ensinado o jovem evita os maus conselheiros, não fazem amizade com os de temperamento perverso  e foge da impiedade, além de fugir dos que escarnecem dos valores éticos praticados pela família e pela Sociedade.
É necessário que os pais ensinem os filhos a fugirem das tentações daqueles que praticam a maldade e agem como se fossem as pessoas certas a seguir (Provérbios 1-10). Quando os pais ensinam da forma certa, incutindo valores éticos sérios e mostrando que pessoas más existem e que podem ser evitadas, os filhos entendem que fugir do mal aparente é uma obrigação e que deve ser feito.
Muitas pessoas afirmam que os jovens se perdem por procurarem viver entre amigos, mas os jovens que procuram por amigos pessoas de índole duvidosa, não receberam a atenção necessária no lar e será seduzido  pelos que praticam a maldade, simplesmente por entender que as pessoas tidas como boas não fazem esforço para conquistar aqueles que sofrem com baixa estima. Já os que praticam as maldades agregam entre si jovens fracos no aspecto psicológico por ser mais fácil manipular. Um jovem que é bem educado em casa, tem hábitos de lazer em família e sabe-se amado no lar não precisa buscar fora a consideração e a aceitação de ninguém. Seu núcleo familiar supre-lhe suas necessidades de aceitação e amor e por certo, tem entre os seus o respeito por ideias que foram absorvidos dentro dos laços familiares.
Agora quando o jovem veio de um lar desestruturado, onde os próprios pais não se entendem e não se respeitam, quando cada um diz algo diferente e não respeita os limites impostos por uma das figuras parental, fica fácil para os de má índole enredar para seus propósitos negativos e transformá-los até em bandidos.
Muitos pais acreditam que os deslizes da adolescência são aceitáveis, pois em sua ignorância e permissividade não percebem que são erros que acompanharão seus filhos para  a vida adulta. Muitos pais acham que seu filhos esta crescendo por desrespeitar outro jovem por agredir um desconhecido ou até por fazer pequenos roubos e todos estes detalhes são ‘pontos de referência’ do caráter daquele ser que ele criou de forma displicente.
Quando ouço alguém dizer que “criou seu filho  na Igreja”, chego a me assustar, pois na maioria das vezes o que este (in)responsável está dizendo é que deixou para os pastores e professores do templo a responsabilidade de educar seus rebentos. E a Igreja não tem obrigação de educar ninguém e nem mesmo Escola. A Igreja dá as orientações de  FÉ,  a Escola dá as orientações curriculares e técnicas que preparam o jovem para o Universo do Trabalho e da Cultura, já EDUCAR, impor limites e apresentar as Leis Sociais, Morais e seus Direitos e Deveres é responsabilidade dos pais.
Com as facilidades de nossa Sociedade, que abriu mão de valores e da longevidade dos relacionamentos familiares, muitas famílias passaram a viver de forma frouxa e deixaram de lado a responsabilidade de educar os seus.
O resultado é este que se apresenta: Filhos contra Pais, irmãos contra irmãos e uma Sociedade que não se arrisca a mudar as Leis, pois teme que os seus filhos sejam punidos por elas.
Leve seus filhos a Igreja para praticar a FÉ, mas cuide dele em CASA para que conheça os princípios que farão dele um homem. Se souber educa-lo com amor e pulso forte, os resultados serão satisfatórios e eles saberão como fazer suas escolhas. E creia: Serão escolhas que te deixarão orgulhoso!
Crie seu filho para a vida!

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