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domingo, 19 de agosto de 2012

Convertido ou Convencido?

Convertido ou convencido?

Elisabeth Lorena Alves
Com o advento da Teoria da Prosperidade – me nego a chamar de Teologia isto – e com seu casamento imperfeito com o Evangelho, vemos surgir, por resultado disto, uma Igreja sem amor ao próximo. Já ouvi um pastor dizer que o papel da Igreja não é social, que para isto existem os serviços sociais do Governo. Isto provando duas coisas, o desconhecimento da Bíblia e dos serviços assistenciais prestados por nossos governantes, onde o próprio assistente social faz o necessitado se sentir mal de procurá-lo.
O casamento Mundo+Igreja tem mostrado frutos de desamor, desrespeito ao próximo, exaltação do material, egocentrismo e outros desajustes que obviamente estão fora dos parâmetros da Palavra do Senhor e fogem de seus ensinamentos. A noiva do Senhor associada aos parâmetros do Capitalismo Selvagem e vivenciando um evangelho – minúsculo de propósito – corrupto, cheio de Ideias Materialistas tem sido o pior exemplo que se pode ser de amor ao próximo, de beneficência, e, para piorar, usam a Bíblia para fugir de suas responsabilidades, afirmando que as obras não salvam
O amor que se prega hoje é interesseiro, pelo que se tem a receber e não pelo que se pode doar. As pessoas praticam uma fé onde o essencial é a bajulação e não a adoração, afinal se amo alguém pelo que pode me oferecer, não amo de fato, sou mais um parasita, aproveitador e não um amigo e, isto, se tratando de fé, não sou de fato servo.
Servir a Deus antes de tudo é amar ao próximo, é como Jônatas que tirou de si a honra de ser o rei de Israel e aceitou e respeitou a unção de Davi, seu amigo. Se observarmos com olhos sábios, entendemos sim que Jônatas entregou seu manto e coroa ao amigo e aceitou ser apenas amigo do rei.
Hoje estamos muito preocupados com as bençãos que podemos receber e se dizemos de sentar à mesa com o rei, é como exigência de um direito que de fato não temos, embora cansemo-nos de ouvir todo tipo de pregação que nos garante isto.
Servir a Deus é tomar a cruz e caminhar, e, mais ainda, ajudar o irmão levar a cruz dele (Gálatas 6-2), sendo esta a Lei de Cristo.
As pessoas esqueceram-se que viver em Cristo é viver em Amor, mas não se declara para Jesus em vãs repetições e mantras gastos, mas mostrar atitudes deste sentimento, alcançando aos demais, sejam eles irmãos ou não.
Em minhas mensagens gosto muito de frisar isto, o amor ao próximo é a prova de que você de fato ama a Deus. E amar ao próximo é algo que qualquer um pode fazer, dirão todos – cristãos ou não – mas o amor de Jesus é doador, é aquele que abre não a mão para ajudar, mas si o coração. E este esta em falta.
Conta-se que Gandhi – aquele que a maioria dos cristãos julgam digno do Inferno – resolveu um dia participar de um culto cristão, mas sabem o que houve? Ele foi expulso não ser da mesma etnia dos que ali adoravam a Deus. E Deus se agradou disto. Ficou satisfeito com a atitude daquele pregador que em sua ignorância e preconceito feriu o coração daquele homem e destruiu toda a sua fé em potencial? Sei que os crítico – ai como existem estes! - poderão alegar que a atitude do jovem ao se achegar a Igreja era esta, a de ser enxotado, para mostrar que aqueles cristãos não praticavam o amor que pregavam, mas a estes deixo minha resposta: Se foi proposital – e não foi – ele saiu com a resposta esperada, os crentes não sabem amar.
Ao observar isto notamos que as pessoas tem desejado isto para suas vidas, permitiram que seus desejos pessoais se tornassem algo espiritual, mas para Jesus o que interessa é a vida eterna e não esta vida, passageira e que nada do que temos aqui, pode ser usado no Céu.
Paulo escreveu sobre: Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas (2 Timóteo 4:2-5). Não podemos dizer que não estávamos avisados! Mas enquanto ouvir um que possa declarar que estas doutrinas são humanas e que não interessam para o plano de Deus, para a Salvação do homem, será como foi João Batista, ouvido por uns, odiado por outros, e, mesmo que perca a cabeça, não perderá a sua fé e atrás dele ficará sempre o testemunho. Paulo pediu que não fôssemos atrás destas sandices e pediu: Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério (2 Timóteo 4:4-5). De minha parte ouvirei o apóstolo e falarei a verdade sempre.
Sabe, ao longo dos séculos a Igreja tem vivido esta coisa de miscigenar o Evangelho com as crenças do seu tempo atual e com isto tem apoiado a acepção de pessoas, dando braços ao comunismo, nazismo, escravidão e ainda cantando ao longo dos anos, que a melhor oração é o amar.
Pensar nisto deixará sempre a pergunta: Somos convertidos de fato?
E a resposta será: Somos convencidos!

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