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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Orgulho e Simplicidade por estratégia de guerra

O orgulho e a simplicidade – Estratégias de Guerra
Introdução
Algumas pessoas não tem limites quando o assunto é amor próprio. Vivem suas vidas de forma a fazer sempre a sua própria vontade e acreditam que as outras pessoas vieram a este mundo para cumprir-lhes os mais variados desejos. Ninguém é bom o suficiente para estas pessoas e elas sabem como ninguém manipular as outras para conseguir alcançar seus objetivos.
A ciência classifica pessoas com estas características como psicopata, mas eu não vejo isto como psicopatia, vejo como orgulho.
Obviamente que incentivo as pessoas amarem a si mesmo, a olhar para si com carinho e respeito, mas alguns pessoas parecem ter em si a mesma síndrome de Hamã. Lembra-se dele?

Entrando na História

Diz a Bíblia que um dia o Rei Assuero perdeu o sono e fez com que seus servos lessem para ele o livro das crônicas. Algo chamou a atenção de Assuero ao ser lembrado da traição que ele sofrera por parte dos eunucos Bigtã e Teres, responsáveis pela segurança do Palácio, que intentaram contra a vida do rei. Ali estava escrito que Mardoqueu denunciara os traidores.
O surpreendeu-se ao saber que nada se fizera pelo homem que lhe salvara a vida. Naquele mesmo momento entrava no pátio do Palácio um de seus ministros, Hamã. Quando ele chegou, trazia em sua mente um pensamento de morte contra o judeu Mardoqueu e vinha contar ao rei que levantara uma forca para dar cabo da vida de seu inimigo.
Ao encontrar o rei agitado, este abriu seu coração a Hamã, que ficou sabendo da vontade do rei honrar um de seus servos.
Certo de que não havia ninguém que pudesse agradar ao rei e ser digno de um grande presente, além dele, deu a Assuero as coordenadas para exaltar o homem que julgava ser ele, exatamente da forma que o agradaria.

Quando o orgulho erra o cálculo

E foi assim que ele, por de fato ser o homem mais importante do reino, depois do rei, quem teve de levar Mardoqueu pelas ruas, montado no cavalo real, vestido com as roupas reais e até com a coroa na cabeça e aclamando: Assim se faz ao homem a quem o rei se agrada honrar (6-9).
Mardoqueu não recebeu ouro ou prata pelo serviço prestado e aquela honra não subiu ao coração daquele sábio que trabalhava nos portões do rei, mas aquilo feriu a dignidade do orgulhoso Hamã. Ele nem achou oportunidade para falar ao rei o que desejava, voltou para casa sentindo-se humilhado, não suportando levar sobre si a lembrança da humilhação vivida. Diz a Palavra que sua vergonha era tanta que ele voltou para sua casa de cabeça coberta.
Começava ai a derrocada do orgulhoso Hamã.
Só que não é apenas isto que fica de lição para nós. Mesmo que já tenhamos aprendido até aqui com Mardoqueu que não importa quais honras recebamos, devemos honrar a nossa chamada. Ele era apenas o escrivão da porta real e, depois de receber as honras que não esperava ou almejava, voltou ao seu trabalho, simples, mas com sua cabeça erguida, como estava sempre antes de receber todas aquelas honrarias reais.
O que aprendemos então?
Aprendemos que o orgulho, a vontade exacerbada de ser grande a qualquer preço e a custo da vida de qualquer um, pode sim nos levar a sermos poderosos, a conquistarmos nossos objetivos, mas também cairemos. Hamã caiu de sua posição simplesmente porque intentou e seu coração ser maior do que já era. Veja, quando ele instiga a honraria, pensando ser ele quem a receberia, sugere ao rei que um dos príncipes do reino leve a pessoa honrada e o rei o escolhe, isto porque ele era um dos principais dali, sendo o mais importante conselheiro do Palácio. Era tão importante que tinha em sua casa, sábios particulares (6-13). E se ele queria ser grande, o maior, o que mais ele ambicionava ali? Qual posição era seu desejo maior? Ora, ele queria ser o rei de todas as Províncias e de Susã. Um sonho nada ambicioso, se formos irônicos. Para ser rei ele teria que destruir o homem mais poderoso de então, o homem que confiava nele: Assuero.
O que Hamã não sabia era que aquele que ele julgava ser alguém desprezível, o judeu Mardoqueu, a quem ele julgava uma pedra pequena em seu caminho, simplesmente por não se curvar a ele, seria o causador de sua derrota.

Não se deve julgar a pessoa pela aparência

Aquele simples homem à porta do Palácio era ninguém menos que o pai da rainha e através dela, a bela jovem Ester, Mardoqueu destruiria Hamã.
Esta lição de orgulho versus simplicidade é algo útil em nossos dias, onde as pessoas ensinam em todos os lugares, que para se conseguir chegar ao sucesso é necessário investir nas pessoas certas, mas quem são as pessoas certas?
O orgulhoso olha para cima quando quer conhecer os poderosos, os sábios olha para os simples, pois nem sempre a sabedoria mora nos Palácios.
A vontade de ser grande levou Hamã a ser o primeiro ministro de Assuero, sabe Deus quantos homens ele destruiu neste seu caminho, mas ele tropeçou no estrategista Mardoqueu. Sim, Mardoqueu ao aconselhar sua filha a não declarar sua procedência gentílica, estava protegendo-a da fúria de alguns que por ali odiavam os judeu, entre eles, o próprio Hamã, mas esta estratégia serviu no futuro para outro propósito. Para um propósito maior, salvar a vida de seu povo da morte.
Se vamos a guerra, o melhor é conhecer os inimigo
Hamã não sabia reconhecer seus inimigos. Ele só sabia lutar com alguém que julgava ser igual ou superior a ele. As outras pessoas, que ele via como inferiores, ele nem considerava inimigo, considerava apenas como pedra de tropeço, que você chuta para fora do caminho e que nem se machuca. Mas aquele homem que ele desprezava, era um grande estrategista, era o sogro do rei, era sábio e cria em Deus. Não necessariamente nesta ordem. NA verdade, Mardoqueu cria em Deus, era sogro do rei e um excelente estrategista e o orgulhoso Hamã nada sabia sobre seu inimigo.
Fica ai mais uma lição para nós. Se vamos a guerra, que seja preparado, mas jamais deixemos que nosso inimigo conheça o nosso arsenal e que saibamos manter firme nossa mente e jamais apresentar a quem quer que seja as nossas estratégias.
O orgulho é sempre o pior conselheiro, mas o orgulhoso jamais aprende. Que possamos aprender com estes dois homens, com Hamã a evitar o orgulho e respeitar as demais pessoas e com Mardoqueu a respeitar o tempo da verdadeira honra, aquela que vem do Senhor. Que possamos permanecer aonde fomos chamados até o dia que o Senhor nos chamar em outro lugar.
Pense nisto!

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