Caráter de um diácono determinado
Atos 8
Felipe
Felipe é outro diácono que sabia exercer sua atividade a contento, estava preocupado em expandir seu trabalho para o Senhor e não se importava de anunciar a Palavra, mesmo não sendo esta sua função principal: Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. (3) E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia (;) (Atos 6 – 1 e 3)
Com sua ousadia, ele conquistou o interesse de Simão, o mágico, que até então era visto como homem de Deus. Como seus discípulos começarama seguir a Cristo, Simão foi conhcer Felipe, só que ao ouvir a Palavra, se decidiu por tornar-se seguidor deste diácono: “E creu até o próprio Simão; e, sendo batizado, ficou de contínuo com Filipe; e, vendo os sinais e as grandes maravilhas que se faziam, estava atônito” (Atos 8 -13).
Só que a conversão de Simão, foi contestada por seus próprios atos, mas na frente, quando este tentou comprar do apóstolo Pedro o dom de imposição de mãos, pra através deste fazer com que as outras pessoas recebessem o Espírito Santo. E Pedro o repreendeu. Ao que Simão, ao entender o significado do que pedia, teve consciência de seu ato e arrependeu-se, implorando por misericórdia. Ali, fica claro que os dons são conquistados através da oração. Quanto mais queremos do poder de Deus, mas devemos nos humilhar perante Ele, para recebermos.
Felipe é um exemplo de obreiro que não foge da luta. No encontro com o eunuco, que lhe foi avisado pelo Espírito Santo, através de um anjo, ele obedeceu e desceu para Jerusalém. Este eunuco, que Felipe encontrou, era um oficial rainha etíope, Candace, sendo tesoureiro da casa real. Mesmo sendo estrangeiro, diz Lucas – escritor de Atos – que ele tinha vindo para Jerusalém adorar a Deus.
Seguia seu caminho, lendo o profeta Isaias, quando Felipe aproximou-se dele, perguntando-lhe se entendia o que lia. Foi a forma que aquele diácono encontrou de entabular uma conversa. E neste instante conseguiu a atenção do eunuco, que, após dizer que não entendia por não ter quem lhe explicasse, pediu que subisse ao carro.
Depois de explicar a Palavra, a partir da Profecia que o eunuco estudava, explicou-lhe a Escritura e, o homem quis de pronto ser batizado. Logo depois do batismo, Felipe foi arrebatado e levado a outro lugar para daar continuidade ao seu ministério.
Tanto Estevão quanto Felipe, nos dão a mesma lição, em situações diferentes:
- Estevão não defendeu-se diante da dificuldade, antes defendeu o Evangelho de Cristo, anunciando-o até seus últimos momentos, doando ainda perdão aos que lhe apedrejavam.
- Felipe, por outro lado, também nos ensina a aproveitar as oportunidades. O anjo deu-lhe a indicação do que deveria fazer, mas não deu-lhe a estratégia. Felipe aproveitou-se do que ouviu – o eunuco fazia uma leitura oral do rolo de Isaias – aproximou-se com a desculpa de saber algo aparentemente trivial, mas com a intenção definida: Evangelizar.
Trazendo para o nosso tempo...
Devemos aproveitar as oportunidades que se nos apresentam, mesmo que seja num comentário sobre o tempo, dentro do carro do metrô.
A pessoa esta focada no seu pensamento interior, quando você fala algo do exterior, ela é obrigada a prestar atenção no novo assunto e, você pode direcionar para quem fez o tempo, o Senhor Criador de todas as coisas.
Muitas vezes estamos preocupados com ter ou não ter cargos na Igreja, em sermos obreiros pelo título, mas atuar que é bom, estamos longe disto. Fugimos das responsabilidades que se apresentam simplesmente porque julgamos que determinada atividade deveria trazer consigo um título qualquer.
Deus, no entanto, nos ensina através da vida destes dois diáconos, que Ele não esta interessado em quem tem ou não cargo, e, sim, em quem está disponível. A função destes era o serviço social, era atender aos necessitados, mas eles foram mais além e, aproveitaram a oportunidade que se apresentou a ambos, de Evangelizar, um, no momento de sua maior dor, afinal ele foi julgado debaixo de mentiras e, o outro, não se prendeu ao fato de um estrangeiro, eunuco e desconhecido, andar em seu carro, mas aproveitou a situação como se apresentou.
Que possamos seguir-lhes o exemplo.
Mensagem IPCO
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