Ana, uma mulher que fez a escolha certa.
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Ana viveu em uma época que a maternidade era considerada como uma benção inenarrável e a infertilidade/esterilidade era vista como um castigo por um pecado cometido pela mulher. Por certo ninguém nunca pensou que um homem pudesse ser infértil e isto era um grande problema para as mulheres que não podiam ter filhos durante muitos séculos.
Na história de Ana fica claro que seu esposo, Elcana, não sofria de infertilidade já que este tinha outra família, como era costume da época. Assim, bastava que algo saísse errado ou seu esposo se afastasse, para que Penina, sua outra esposa passasse a desprezar Ana e maltratá-la por esta não possuir filhos. O coração de Ana obviamente vivia machucado dado as circunstancias em que vivia, mesmo sabendo mais amada que a outra e sendo este um dos motivos que piorava sua situação junto a sua rival.
No observar sua história, vemos que sua situação não roubou sua esperança e mesmo em seus piores momentos ela manteve acesa a sua fé.
Ana, nos idas do sacrifício, subiu a Jerusalém com seu esposo e lá passou por uma experiência magnífica e intrigante, que poderia ser vista por ela sob dois pontos de vista.
· Primeiro ela poderia encarar a situação vivida no templo pela perspectiva da vítima e sair dali revoltada com o sacerdote Eli, que depreciou sua presença e a julgou como uma bêbada, não reconhecendo em seu semblante a dor que dilacerava seu coração. E isto em sai seria até compreensivo, já que ela estava muito triste com sua situação e para a maioria das pessoas seu estado era já deprimente. Ana poderia sair da presença do sacerdote com a alma ferida e tornar-se uma mulher amarga e sem sonhos. Sua vida com seu marido e sua rival se tornaria horrível e com o passar do dias Elcana poderia até desprezá-la, passando a tratar Penina com mais respeito.
· Ana poderia também olhar para a situação com revolta contra Deus e tornar sua vida mais difícil ainda, passando a reclamar de tudo e todos. E não vou me alongar nisto, já que também não foi a postura tomada por ela.
Ana contou ao sacerdote sua situação e este voltou seus olhos com misericórdia, abençoando-a ao se despedirem. Ana saiu dali tão segura que passou a se alimentar e com as forças renovadas voltou para sua cidade animada.
Três anos se passaram então, e de novo, nos dias dos sacrifícios aquela mulher vai ter com o sacerdote, já de posse de seu filho. Belas palavras ela testifica quando diz: “Por este menino orava eu” e agora o entrega para que seja criado pelo sacerdote Eli, para ser usado nos serviços do templo. Ali ela abre mão de seu filho tão chorado, tão esperado e agora apenas desmamado, que ela trás confiante a Jerusalém.
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é muito difícil abrir mão de um sonho, principalmente com ele realizado. As pessoas lutam a vida toda para alcançar seus objetivos e não é normal elas abrirem mão de seus bens tão dificilmente adquiridos. Ana não só abriu mão de seu filho, como se pôs a uma distancia segura dele, reservando-se apenas o direito de vê-lo apenas uma vez ao ano. Quando ia ao templo adorar a Deus e aproveitava para levar uma muda de roupa para seu pequeno Samuel.
Ela reconheceu que um filho deve ser criado para Deus, entregue em seu altar e ali ser deixado para que Deus guie sua vida, mesmo que ele volte conosco à nossa casa, mas em nosso coração esta criança deverá sempre ser do Senhor. A criança que é entregue ao Senhor viverá de forma mais justa diante dEle e por certo fará sua vontade. E ainda trará prazer aos seus pais, pois por certo se portará com dignidade e trará alegria a todos os que o cercam.
Que Deus dê às Ana de hoje a capacidade de entregar seus filhos no altar do Senhor.
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